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Ato 2019 – Desafios de internacionalização das artes cênicas


Desafios de internacionalização das artes cênicas


Coordenação: Andrea Caruso Saturnino
Local: Centro de Pesquisa e Formação – CPF – SESC SP
Rua Doutor Plínio Barreto, 285 – Bela Vista – São Paulo – SP
Horário: de 19h30 às 22h

Apresentação:
A crescente circulação de obras artísticas no mundo globalizado é um fenômeno que se aplica particularmente ao campo das artes performativas, evidenciado pela crescente participação de criações artísticas na programação de diferentes festivais e teatros, seja à escala brasileira ou internacional.

O presente curso pretende apresentar e analisar os principais aspectos ligados à complexa rede da internacionalização das artes cênicas. Partimos de um panorama geral, que localiza a circulação de espetáculos no contexto de globalização da cultura, para em seguida abordarmos temas específicos.

Assim, em três módulos distintos, de janeiro a março, discutiremos desde os desafios de uma política cultural voltada para as relações exteriores até os aspectos práticos de capacitação dos profissionais brasileiros que vislumbram trabalhar no âmbito internacional.

As aulas serão ministradas pela organizadora do curso, Andrea Caruso Saturnino com a participação de profissionais tanto da área quanto de áreas afins, que contribuem para as reflexões sobre os temas abordados.

MÓDULO 1 – JANEIRO

21.01 – Aula 1: Introdução. Panorama geral da cadeia de produção internacional. Principais desafios da internacionalização das artes cênicas brasileiras. Perspectivas críticas em relação à internacionalização.

Com Andrea Caruso Saturnino

23.01 – Aula 2: Aspectos institucionais: perspectiva brasileira no contexto de globalização da cultura.

Com Andrea Caruso Saturnino, Isabel de Freitas Paula e Christiano Braga

28.01 – Aula 3: A criação cênica contemporânea em tempos de globalização: circulação, influências, colaborações, parcerias.

Com Andrea Caruso Saturnino, Rosana Paulo da Cunha e Ricardo Fernandes.

 30/01/2019 – Aula 4: Colaborações internacionais – a ação das representações culturais no Brasil.

 Com Andrea Caruso Saturnino, Liliane Rebelo e Natalia Mallo.

Andrea Caruso Saturnino é pesquisadora e curadora, especializada em teatro contemporâneo e projetos interdisciplinares, com longa experiência internacional. Graduada em Letras pela UFMG (Belo Horizonte), mestre em Artes Cênicas pela Sorbonne Nouvelle (Paris) e doutora em Artes pela USP (São Paulo). Em 2009 fundou a produtora  Performas, responsável pela apresentação de importantes nomes da cena contemporânea ao público brasileiro. Atualmente se dedica à implementação da plataforma Brasil Cena Aberta, centrada em ações para o desenvolvimento da internacionalização das artes cênicas nacionais em suas múltiplas vertentes.

Christiano Braga é economista, com especialização em comércio exterior com foco em pequenos negócios. MBA em gestão com foco em estratégia. Especialista em cultura, gestão e desenvolvimento. Responsável pela implantação e coordenação dos projetos de internacionalização de bens e serviços culturais criativos na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos, APEX-Brasil.

Isabel de Paula é coordenadora a.i de Cultura da UNESCO no Brasil, onde trabalha há 15 anos, sendo 10 deles na área de Comunicação Social. Graduada em Jornalismo, tem Pós-Graduação em Gestão e Política Cultural pela Universidade de Girona (Espanha), é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora do Observatório de Políticas Culturais (Opcult/UnB).

Rosana Paulo Cunha é Gerente de Ação Cultural do SESC SP, mestre em Gestão e Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas (São Paulo) e especialista em Gestão de Projetos pela FEA – USP (São Paulo).

Ricardo Muniz Fernandes é formado em Ciências Sociais pela PUC-SP e trabalha com produção de teatro e dança desde 1990. Foi coordenador geral da área de teatro do SESC SP de 1986 a 2000. Em 2000 fundou o coletivo de produção prod.art.br, empresa atuante até hoje, tendo trazido ao Brasil nomes fundamentais da cena internacional. No ano de 2002 fundou a editora n-1,  voltada para publicação de  livros interdisciplinares, entre filosofia , política e artes.

Liliane Rebelo é Gerente Cultural da Cultura Inglesa São Paulo. Formada em Jornalismo, tem especialização em Marketing pela Chartered Institute of Marketing e cursa Gestão de Projetos Culturais no CELACC, na USP- Universidade de São Paulo. Foi Gerente de Artes no British Council Brasil promovendo o intercâmbio cultural entre o Reino Unido e o Brasil. Em sua vivência na Escócia, trabalhou como Gerente Internacional de projetos na Festivals Edinburgh, onde exerceu um papel de gestão colaborativa para os doze grandes festivais de Edimburgo.

Natalia Mallo é multi-artista e curadora. Suas inquietações encontram-se na intersecção de linguagens e modelos de produção e gestão em projetos que tratam das políticas da diversidade. Especializada em diplomacia cultural, trabalha junto a organizações internacionais desenvolvendo projetos de colaboração buscando o diálogo entre arte e sociedade. É diretora artística do RISCO Festival, evento internacional que terá sua primeira edição em dezembro/2018.

MÓDULO 2 – FEVEREIRO

 18.02 – Aula 5:  Recepção das artes cênicas brasileiras no exterior. Composição de programações face à idealização do estrangeiro.

Com Andrea Caruso Saturnino, Celso Curi e João Carlos Couto.

20.02 – Aula 6: Questões jurídico-estratégicas: contratos, questões tributárias, e vistos de trabalho.

Com Andrea Caruso Saturnino e Cris Olivieri
25.02 – Aula 7: Trâmites burocráticos: logística de carga internacional.
Com Andrea Caruso Saturnino e  Marcello Braga Romão

27.02 – Aula 8: Direção técnica: planejamento e adequação aos espaços de apresentação.

Com Andrea Caruso Saturnino, André Boll e Hugo Mercier.

Celso Curi é produtor, gestor cultural, tradutor e jornalista. Desde 1968 atua na área cultural. Diretor da OFF Produções Culturais. Criador e Editor do “Guia OFF de Teatro SP e RJ”. Presidente da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte SP. Curador do Festival Câmbio de Recife.

João Carlos Couto é  sociólogo, ator, produtor cultural, programador, consultor e curador em teatro e dança. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura de São Paulo e Presidente da Comissão Estadual de Teatro (2008/2010), conselheiro da CNIC do MinC (2006/2009) e membro da CAP da Secretaria de Estado da Cultura (2013/2016).Consultor para a programação de dança do Teatro Alfa desde o ano de 2004. Foi diretor executivo e curador de quatro edições do Festival Internacional e Artes Cênicas de Ruth Escobar, curador para artes cênicas do Festival Europália Brasil, na Bélgica (2011/2012). Chevalier des Arts et des Lettres – nomeado pelo Governo ad França em março de 2009 e Officier des Arts et des Lettres –  nomeado pelo Governo da França em abril de 2017.

Cris Olivieri é advogada com especialização em Gestão de Processos Comunicacionais e Culturais pela ECA-USP e Mestrado em política cultural pela ECA-USP. Master em Administração das Artes pela Universidade de Boston (USA), com bolsa Virtuose do Ministério da Cultura. Diretora da Olivieri e Associados Advocacia (www.olivieriassociados.com.br), atuando na área de consultoria para cultura, comunicação e entretenimento há 30 anos. Coautora do livro Direito_Arte e Liberdade (2018) e do Guia Brasileiro de Produção Cultural, editado desde 2007, e última edição “Cidades” em 2016, e autora do livro “Cultura Neoliberal – Leis de incentivo como política pública de cultura”. Integrante do Fórum Brasileiro de Direitos Culturais (www.fbdc.com.br) e da Comissão das Artes da OAB/SP.

Marcello Braga Romão é despachante aduaneiro, graduado em Direito pelo Centro Universitário do Rio de Janeiro (Univercidade), com mais de 30 anos de experiência em Comércio Exterior e forte atuação em Regimes Aduaneiros Especiais. Marcello é fundador e atualmente COO e Vice-presidente do Grupo Waiver Logistics, empresa líder na América Latina em logística para grandes eventos.

André Boll é iluminador desde 1990, tendo assinado mais de 200 projetos para teatro, música, dança e exposições. Como diretor técnico atua em festivais nacionais e internacionais e em turnês de companhias estrangeiras no Brasil (Jo Kanamori – Japão; Trisha Brown e Yvone Rainer – USA; Xavier Leroy, Rodrigo Garcia – França; Robert Lepage – Canadá; Angelica Liddel – Espanha). Por quatro anos foi coordenador técnico assistente, responsável pela iluminação do Balé da Cidade de São Paulo, onde executou projetos de iluminadores da França, Itália, Israel e Inglaterra.

 Hugo Mercier trabalha na área do teatro e do entretenimento desde 2002. Saindo duma formação em iluminação e captação vídeo ele se redirecionou para palcos de teatros para exercitar a área técnica em diferentes áreas : iluminação, produção, maquinaria, rigging. Atualmente é parceiro da empresa Vertical Rigging Solutions, trabalha como diretor técnico, iluminador e rigger, tanto no Brasil quanto no exterior.  Trabalhou e segue trabalhando com diversas companhias em âmbito internacional, como Théâtre du Soleil (França), Cia. Dos à Deux (França/Brasil), The Works Entertainment (Estados Unidos), Sarau Agência de Cultura (Rio de Janeiro), Cirque du Soleil (Canadá).

MÓDULO 3 – MARÇO
18.03 – Aula 9: Criar e se apresentar fora das fronteiras nacionais: permeabilidade e diversidade. Encontrando novos públicos.

Convidados: Marcelo Evelin (Coreógrafo, pesquisador e intérprete), Artur Luanda Ribeiro (Ator e diretor) e André Curti (Ator e diretor).

20.03 – Aula 10: Da difusão às estratégias de cooperação – construção de parcerias de longo prazo.

Convidados: Aurea Leszczynski Vieira Gonçalves (Gerente de Relações Internacionais do Sesc SP) e Paula Alves de Souza (Diretora do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores).

25.03 – Aula 11: Aspectos organizacionais de turnê: da construção de redes à circulação.

 Convidados: Henrique Mariano (Agente e produtor internacional) e Ricardo Frayha (Produtor internacional e diretor de turnê).

27.03 – Aula 12: Conclusão e prospecção de estratégias de ação internacional.
Andrea Caruso Saturnino

 Marcelo Evelin nasceu no Piauí, Brasil, é coreógrafo, pesquisador e intérprete. Vive e trabalha entre Teresina e Amsterdam. Na Europa desde 1986, é criador independente com sua Companhia Demolition Incorporada, criada em 1995, e ensina na Escola Superior de Mímica de Amsterdam-Holanda.Trabalha a partir do espaço de residência CAMPO, em Teresina, e seus espetáculos “De Repente Fica Tudo Preto de Gente” (2012)  e “Batucada”(2014) estão sendo apresentados atualmente em teatros e festivais no Brasil e exterior. Estreia em 2019 sua nova criação “A Invenção da Maldade”.

 André Curti é diretor, coreógrafo e intérprete. Entre 1983 e 1990, se formou como ator e bailarino na Escola Jogo Estúdio e na Escola Vento Forte, em São Paulo.  No cinema, trabalhou com Hilda Machado e Renato Tapajós. Desde 1990 na França, fez parceria com Olivier Fornut e Joel Daguerre. Atuou na companhia Le G.R.A.L, dirigida por Odile Michel e Patrick Olivier. Atuou na companhia de teatro de rua  Cirka teater,  na Noruega, no espetáculo Poste Restante  dirigido por Anne Marit. De 1992 a 1998, atuou e dançou na companhia de teatro e dança A Fleur de Peau, dirigida por Denise Namura e Michel Bugdhan. Em 1998 criou a companhia de teatro gestual « Dos à Deux » junto com Artur Ribeiro, tendo no repertório a criação de mais 10 espetáculos que fazem turnê por diversos países.

Artur Luanda Ribeiro é diretor, cenógrafo, iluminador e intérprete. Seguiu formação em teatro pela UniRio, em dança pela Escola Angel Vianna, sapateado com Flávio Salles e formação em “Ator frente à câmera” com Tizuka Yamasaki. Trabalhou no Brasil com o diretor Márcio Vianna. Na França desde 1994, se formou na Escola de Mímica Corporal Dramática de Paris, dirigido por Stewen Watson e Corinne Soun e na Universidade Nouvelle Sourbonne-Paris III no curso de Licenciatura em Estudos Teatrais. Paralelamente, se formou em outras técnicas como: clown e jogo de máscaras com Serge Poncelet e butô e contato improvisação com Catherine Dubois. Na França, trabalhou como ator e bailarino em diversas cias: Joseph Nadj, Théâtre Yunké, in Extremis, Annie Schindler e Catherine Dubois. Em 1998 criou a companhia de teatro gestual « Dos à Deux » junto com André Curti, tendo no repertório a criação de mais 10 espetáculos que fazem turnê por diversos países.

Aurea Vieira é gerente de Relações Internacionais do SESC SP, instituição na qual trabalha desde 2004. É formada em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia com pós-graduação em Gestão Cultural pela Fundação Getúlio Vargas. Em 2008/2009 foi coordenadora do Ano da França no Brasil pelo Comissariado Brasileiro, cujo presidente foi Danilo Miranda. Desde então tem sido convidada para compor delegações estrangeiras para análises culturais mundiais como representante do SESC no Conselho do Museu do Futebol (2019);  integrante do Conselho da ISPA (International Society for Performing Arts) desde 2010; participou no America’s Workshop da Bienal das Américas em Denver, EUA, 2013; foi escolhida como Young Cultural Leaders, no Global Salzburg Seminar em Salzburg, em 2012; foi integrante do Management Culture Conference no Goethe Institut, em Berlim, em 2012; estudou Financement et Économie de la Culture na Universidade Paris Dauphine, em Paris, 2009. É responsável pelas parcerias institucionais estrangeiras no SESC, tendo como parceiros o Institut Français, Consulado Geral da França, British Council, Goethe Institut, Fundação Adam Mickiewicz, Festivais de Edimburgo, New Museum, MoMA, Acción Española, Feira de Frankfurt, La Fabrica, Robert Sterling Clark Foundation, Cité de la Musique, ZKM, Dutch Culture, Centro Cultural Brasil-Turquia, Festival de Bogotá, Santiago a Mil, ISCA, OITS, SEGIB, entre outros. Foi condecorada com a medalha de Chevalier des Arts et des Lettres em 2011 e com a medalha de Chevalier de la Légion d’Honneur em 2017, ambas agraciadas pelo Governo da República Francesa.

Paula Alves de Souza é formada em Relações Internacionais e  iniciou sua carreira diplomática em 1994.
Serviu nas Embaixadas do Brasil em Washington, Buenos Aires e Pequim. Em Brasília, chefiou a Divisão de Promoção do Audiovisual do Ministério das Relações Exteriores, entre 2008 e 2013. Desde novembro de 2016, ocupa o cargo de Diretora do Departamento Cultural do MRE.
Henrique Mariano vem há 25 anos trabalhando com grandes companhias de teatro em São Paulo e no Rio de Janeiro como Cia Vértice, Cia. dos Atores, Coletivo Improviso, Opovoempé, Cia Elevador de Teatro Panorâmico, Teatro da Vertigem, Cia. Livre de Teatro,Teatro Oficina, Teatro Promiscuo, Teatro do Ornitorrinco entre outras.Entre os diretores com quem trabalhou estão: Christiane Jatahy, Enrique Diaz,Antônio Araujo, Cibele Forjaz, Cristiane Zuan Esteves, Marcelo Lazzaratto, Hector Babenco,José Celso Martinez Corrêa, Cacá Rosset, Hamilton Vaz Pereira, Ariela Goldmann.Foi diretor de produção do TEMPO_FESTIVAL das Arte no Rio de Janeiro edição de 2012.Desde 2004 realiza turnês internacionais com artistas brasileiros, principalmente na Europa.Produziu alguns artistas internacionais no Brasil como Meredith Monk (Estados Unidos),Ziya Azazi (Turquia), Rimini Protokol (Alemanha), Hello Earth (Dinamarca) e Teater Kunst (Dinamarca).

 Ricardo Frayha é produtor e gestor cultural. Possui mestrado em artes pela Universidade de Leeds. Como produtor de artistas internacionais no Brasil, tanto em turnês como em coproduções com artistas e equipes locais,  trabalhou com nomes como Frank Castorf, Stefan Kaegi, Christoph Schlingensief, Gob Squad, Dimiter Gotscheff, Rodrigo Garcia, Olivier Py, Isabelle Huppert, Robert Wilson, Yoshito Ohno, Mapa Teatro, Angélica Liddell, Wajdi Mouawad, Anohni, Yoshi Oida, Manuela Infante, Toshiki Okada, dentre outros. De 2011 a 2016 foi o responsável pelo gerenciamento internacional e de turnês da companhia Constanza Macras I DorkyPark, baseada em Berlim, contabilizando setenta turnês em mais de trinta países. Desde 2016 também atua como diretor de produção internacional da companhia Ultralíricos, de Felipe Hirsch.

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